Teve semana de moda, sim!

Não há dúvidas de que 2020 é um ano de diversas mudanças, e no mundo da moda não foi diferente. Com a pandemia da Covid-19, o calendário da moda havia sido cancelado, sem previsão de retorno. Mas depois de muito debater e muito observar, alguns circuitos de moda foram mudando seu pensamento e optando por […]

Publicado 29 de julho de 2020

Não há dúvidas de que 2020 é um ano de diversas mudanças, e no mundo da moda não foi diferente. Com a pandemia da Covid-19, o calendário da moda havia sido cancelado, sem previsão de retorno. Mas depois de muito debater e muito observar, alguns circuitos de moda foram mudando seu pensamento e optando por uma versão digital (afinal, a moda imita a vida, e o digital é o canal mais utilizado nessa pandemia e só tende a crescer, né?). 

Tokyo foi a primeira semana de moda a se adaptar ao mundo digital, em seguida Milão, unindo o prêt-à-porter feminino e masculino e, finalmente, a renomada semana de alta costura de Paris também entrou para a lista das cidades que aderiram ao novo formato. Assim, o que antes era um evento super exclusivo, agora tem as portas abertas para uma atração global e multiplataforma (youtube, facebook, instagram, entre outros). 

O formato do evento passa a ser um conjunto de desfiles e ações no meio digital. Através de uma plataforma, a agenda mostra desfiles, podcasts, palestras, entre outras coisas para que as marcas não só mostrem suas coleções, mas que para haja um debate sobre a moda e o que será dela com todo o público mundial.

Bom, tudo que é “novo” gera uma curiosidade enorme e talvez até grandes expectativas, e foi assim nesses dias de desfiles em Paris. Mesmo em meio a incertezas, onde estilistas perdidos com essa nova realidade (mas quem não está, não é?) acabaram deixando a desejar, por optarem por formatos seguros e pouco criativos para as versões digitais, conseguimos ver muitas ideias boas e projetos bem bonitos.

Veja algumas marcas que se destacaram:

Ralph and Russo abraçou a ideia do digital e contratou Hauli, uma modelo feita digitalmente, assim como suas roupas.
Balmain optou pelo phygital (essa mistura do online e real) e fez um dos únicos desfiles físicos por todo o rio sena e transmitiu ao vivo para o mundo todo
Ronald Van Der Kemp fez sua coleção de alta costura inteiramente sustentável
Giambattista Valli, assim como Chanel, Prada e outras marcas, optaram pelo fashion film, mas ele se destaca pela beleza de suas peças.
Dior optou por fazer suas peças em miniatura, relembrando o pós guerra em que esse método foi utilizado para a racionalização de tecidos. 

Junto às miniaturas da Dior, um curta foi apresentado e foi muito criticado pela falta de inclusão em seu casting. Confira:

Algumas semanas de moda ainda estão por vir e nada mais é certo! Nós ficamos aqui torcendo para que a gente possa continuar a ter esse acesso aos desfiles, processos criativos e debates para as próxima versões, e observando as novas mudanças que ainda estão por vir.

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